sábado, 8 de maio de 2010

Homenagem às mães

Postado por Tatiana em 8.5.10 3 comentários

Neste grande dia dedico um carinho especial a todas as mulheres que foram agraciadas com a maternidade. Feliz dia das mães!!!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Maldita TPM!

Postado por Tatiana em 5.5.10 4 comentários

Sabe "aqueles dias" em que você se transforma num poço de mau humor e fica extremamente irritada com tudo e todos? "Aqueles dias" em que você fica tão sensível que é capaz de chorar, mesmo quando vê a cena mais boba daquela comédia romântica que tanto adora? E se sente um trapo porque está inchada e tudo que coloca fica um horror? Pois é, são as tais regras que acometem as mulheres mensalmente e com elas os muitos incômodos decorrentes desses dias que causam verdadeiros transtornos em nossas vidas. A Tensão Pré-Menstrual, também conhecida como TPM, exerce uma grande influência no nosso dia a dia, chegando, inclusive, a limitar nossas atividades mais corriqueiras. Além dos sintomas já citados, muitas mulheres ainda tem que lidar com as terríveis cólicas que aparecem nesse período. E dá-lhe medicamentos para amenizar os sintomas. É comum também que até os homens padeçam com esses transtornos, principalmente se convivem com mulheres que enfrentam crises agudas nessa fase. Por isso, aqui vai um pedido: homens, sejam muito pacientes e tolerantes "nesses dias". E, por favor, façam de tudo para não contrariar sua mulher.

sábado, 1 de maio de 2010

Os conselhos de Clarisse

Postado por Tatiana em 1.5.10 5 comentários
"Você me escreve dizendo que não gosta mais dele. É verdade? Não se precipite em julgamento. Há períodos, mesmo na vida conjugal mais harmoniosa, em que não é o amor o que predomina. Seja paciente. O fato de você não se sentir apaixonada não quer dizer que tenha deixado de gostar dele. (...)"

(LISPECTOR, Clarisse. Só para mulheres: conselhos, receitas e segredos. Org.: Aparecida Maria Nunes; Rio de Janeiro: Rocco, 2008; p. 61.)


Ao publicar o texto acima, no Diário da Noite de 18 de julho de 1960, Clarisse Lispector, sob o pseudônimo de Ilka Soares, tentava aplacar a aflição pela qual certamente passava a leitora que a escrevera solicitando-lhe uns conselhos acerca de sua vida conjugal. O argumento de Lispector no decorrer de sua resposta é o de que a vida a dois está sujeita a passar por altos e baixos em função da rotina que, por vezes, se estabelece entre o casal. De acordo com ela, o cotidiano monótono induz os cônjuges a questionarem sobre seus sentimentos com relação ao outro, o que acaba por ser responsável por muitos conflitos nos relacionamentos. Prosseguindo com os conselhos, Clarisse comenta que talvez a leitora esteja passando por um período de “excesso de tranqüilidade” em seu casamento e que é normal isso resultar em “pensamentos mais desanimadores”, como os que ela está tendo naquele momento.
A angústia da leitora de Clarisse certamente é a mesma que acomete muitos daqueles que iniciam uma vida conjugal, pois, é certo que a convivência diária vai se revelando menos atraente com o passar do tempo. O que era novidade se transforma em algo comum, trivial. E as coisas que antes passavam despercebidas, tornam-se extremamente evidentes e incômodas. As manias, os defeitos, os excessos, os gostos duvidosos que inicialmente se compreendia e se tolerava, agora irritam tanto, que você se pergunta onde estava com a cabeça quando concordou em viver com alguém tão diferente da sua personalidade. O “até que a morte os separe”, nessas horas, perece ser uma eternidade angustiante. Então você começa a se questionar sobre seu sentimento por esse indivíduo que deixa a tampa do vaso sanitário levantada, que não gosta de ir ao cinema porque não suporta ouvir as risadas e as conversas paralelas, que assiste aos jogos de futebol rigorosamente às quartas e aos domingos e, não satisfeito, ainda assiste aos comentários que são exibidos em vários canais no domingo à noite, enfim, são inúmeras as situações que o dia a dia vai fazendo você perceber e refletir sobre se vale a pena continuarem juntos ou se o amor que existia no início do namoro ainda sobrevive.
Afinal, você o ama? Quer realmente viver com essa pessoa? Ele é o homem da sua vida? Está mesmo disposta a passar por cima de tudo aquilo que a incomoda nele? Ou seria melhor, então, jogar tudo para o alto e ir atrás de alguém que não a irrite tanto? Enfim, são questões que fazem você viver um conflito interno muito grande. Mas aí você começa a lembrar dos momentos felizes que passou com ele, de o quanto ele é companheiro, de como ele a conforta nas ocasiões mais difíceis e de como ele se preocupa se você não está estudando como deveria para a monografia ou para passar naquele concurso público que tanto almeja. Tudo isso a faz pensar acerca dos conselhos que Clarisse dera a sua leitora naquele ano de 1960 e que ainda cabe perfeitamente nos dias de hoje. Às vezes desejamos algo muito fantasioso, distante da nossa realidade, como na novela onde o casal acorda com os rostos incrivelmente maravilhosos, a mocinha com o cabelo alinhado, o mocinho com a bandeja de café na mão e um sorriso lindo. É tudo tão perfeito... Mas devemos nos ater à vida real. Não que uma vez ou outra ele não possa surpreender com uma ação desse tipo, mas temos que lembrar que a vida a dois não nos reserva a felicidade ou o amor em tempo integral. Existem também os momentos de dificuldades, de conflitos. E nessas horas precisamos exercitar a tolerância, afinal, o que é a convivência senão um exercício diário de tolerância e respeito ao próximo? Concluo, portanto, com os sábios conselhos de Clarisse, que recomenda a sua leitora: “não estrague sua vida com sonhos impossíveis e falsos”.

domingo, 18 de abril de 2010

Um brinde à amizade

Postado por Tatiana em 18.4.10 5 comentários

Graças a uma amiga blogueira, acabei atentando para a peculiaridade deste dia: o dia do amigo. Em homenagem a esta data, que no Brasil é comemorada em 18 de abril, ofereço um abraço super afetuoso aos meus antigos e novos amigos. Beijos a todos!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Elogio ao amor

Postado por Tatiana em 9.4.10 4 comentários
Há dias que uma música não sai da minha cabeça. Sonhei com ela no início da semana e desde então não paro de cantarolar. Trata-se da belíssima canção Hymne à l'amour de Edith Piaf. Esta admirável mulher, que acredito ser o maior expoente da música francesa, saiu dos subúrbios de Paris, onde ganhava a vida cantando nas ruas, e encantou o mundo a partir dos anos 30 com sua voz inigualável. Hymne à l'amour, composta em 1950, representa mais que uma declaração amorosa: é uma homenagem, um elogio ao amor. Piaf a compôs num momento em que encontrava-se completamente enamorada pelo pugilista Marcel Cerdan, o grande amor de sua vida, demonstrando, assim, toda a magnitude e beleza que existem no amor, o mais nobre dos sentimentos. Sem mais delongas, curtam a belíssima voz de Môme Piaf.





Hino ao amor

Letra: Edith Piaf
Música: Marguerite Monnot


O céu azul sobre nós pode desabar
E a terra bem pode desmoronar
Pouco me importa, se tu me amas
Pouco se me dá o mundo inteiro

Desde que o amor inunde minhas manhãs
Desde que meu corpo esteja fremindo sob tuas mãos
Pouco me importam os problemas
Meu amor, já que tu me amas.

Eu irei até o fim do mundo
Mandarei pintar meu cabelo de louro
(ou: Me transformarei em loura)
Se tu me pedires
Irei despendurar a lua
Irei roubar a fortuna
Se tu me pedires

Eu renegarei minha pátria
Renegarei meus amigos
Se tu me pedires
Bem podem rir de mim
Farei o que quer que seja
Se tu me pedires

Se um dia a vida te arrancar de mim
Se tu morreres, se estiveres longe de mim
Pouco me importa, se tu me amas,
Porque eu morrerei também

Teremos para nós a eternidade,
No azul de toda a imensidão
No céu não haverá mais problemas
Meu amor, acredite que nos amamos.
Deus reúne os que se amam.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A POETISA ELEITA

Postado por Tatiana em 7.12.09 2 comentários
Quero abrir este blog com um post em homenagem à Florbela Espanca (1894-1930), poetisa portuguesa cuja obra foi marcada por temas como sofrimento, tristeza, amor e anseio pela felicidade, talvez como reflexo de sua conturbada vida particular. Além dessas características, verificamos também em sua obra a presença de uma forte carga de erotismo e feminilidade, desvelando dessa forma, os sentimentos e a intimidade feminina fortemente reprimidos, pois, durante séculos a mulher foi estritamente relegada à esfera do privado, enquanto que o homem era associado ao espaço público, portanto, não convinha publicizar os recônditos femininos, tal qual o fez Florbela. E ela o fez tão perfeitamente que a crítica a considera como uma das maiores figuras femininas da literatura portuguesa do início do século XX, apesar de seus contemporâneos não atribuirem a ela o devido reconhecimento, por vezes tratando seu trabalho de forma preconceituosa. Por tudo isso, ela é uma das minhas escritoras favoritas e sua obra merece notoriedade. O soneto a seguir é intensamente marcado pelo erotismo feminino e trata-se de um dos meus prediletos. Viva a "poetisa eleita"! Viva Florbela Espanca!

CHARNECA EM FLOR

Enche o meu peito, num encanto mago,
O frémito das coisas dolorosas...
Sob as urzes queimadas nascem rosas...
Nos meus olhos as lágrimas apago...

Anseio! Asas abertas! O que trago
Em mim? Eu oiço bocas silenciosas
Murmurar-me as palavras misteriosas
Que perturbam meu ser como um afago!

E nesta febre ansiosa que me invade,
Dispo a minha mortalha, o meu burel,
E, já não sou, Amor, Sóror Saudade...

Olhos a arder em êxtases de amor,
Boca a saber a sol, a fruto, a mel:
Sou a charneca rude a abrir em flor!
 

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